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Subterrâneos de Jerusalém: A Caverna de Zedequias!


Mantendo a tendência da última matéria que escrevi nesse blog, seguimos pelos subterrâneos de Jerusalém. Dessa vez vamos conhecer a maior caverna artificial de toda a Terra Santa.

Foto: Felipe Silva

A Caverna de Zedequias ou Pedreira de Salomão está abaixo do quarteirão muçulmano da Cidade Velha de Jerusalém e acredita-se que ainda exista uma parte não acessada que se estende-se do Jardim da Tumba ao monte do Templo. No interior da caverna, às margens da trilha principal, vemos inúmeras câmaras parcialmente exploradas.

Dentro da caverno, existe uma fonte chamada de Fonte das Lágrimas do Rei Zedequias, cujas águas resultam de infiltrações das fontes de Jerusalém. O Ministério de Turismo de Israel desaconselha seu consumo.

A Caverna de Zedequias foi redescoberta em 1854 pelo erudito americano Dr. James Turner Barclay quando procurava por seu cão perdido.

Na entrada da Caverna esta cravado um portão de metal com bilheteria anexa. Situa-se na rocha de fundação da muralha norte de Jerusalém, a 200 metros do Portão de Damasco, entre esse e o Portão de Herodes e em frente ao Jardim da Tumba e Gólgota, onde hoje está instalada uma rodoviária.

Fotos: Felipe Silva

A parte da gruta aberta aos turistas tem aproximadamente 230 metros de comprimento por 100 de largura. Com uma altura média de 15 metros, estima-se que seu teto, onde está fundada a Cidade Velha de Jerusalém, tenha por volta de 10 metros de espessura.

A proximidade com a cidade e o Monte do Templo aliada à qualidade excelente das pedras levam a crer que foram usadas para a construção do Templo de Salomão, de Herodes e de outros edifícios da Cidade Velha.

A tradição judaica também afirma ser essa caverna o local onde o rei Zedequias se escondeu e por onde tentou fugir sem sucesso para Jericó.

Os arqueólogos acreditam que o rei Herodes foi o primeiro a usar as pedras dessa caverna. De qualquer forma, a única certeza absoluta que temos é que a ultima vez que serviu como pedreira à Jerusalém foi em 1904, quando os otomanos construíram a detestada torre do relógio no Portão de Jafa que foi derrubada em 1922 pelos britânicos.

A caverna é quente e úmida e com goteiras em alguns pontos. Além dos muitos degraus, é uma descida cheia de pedrinhas soltas para quem entra e uma árdua subida na volta. Nas rochas é possível ver marcas de ferramentas que ali fincaram seu fio há 2400 anos. Incrível, não?!

A Caverna de Zedequias é um local perfeito para, longe do turismo de massa que “entope” a maioria dos lugares, imaginar milhares de judeus e invasores cortando pedra e reis descobrindo e inspecionando o local através das eras da cidade mais incrível do mundo!

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Foto: Felipe Silva

Esse local maravilhoso é aberto de Domingo a Quinta-feira e Sábado, das 9:00 às 16:00 (até às 17:00 durante o horário de verão). Sexta-feira a caverna é fechada. A entrada é paga, porém barata, apenas 16 shekel. Todo o percurso é adequadamente iluminado e monitorado por câmeras. Vale muito a pena.

Dr. Felipe Silva

Cliente da Renova Turismo desde 2012

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