Pedro, todavia, levantou-se e correu ao sepulcro. Abaixando-se, viu as faixas de linho e mais nada; afastou-se, e voltou admirado com o que acontecera. Naquele mesmo dia, dois deles estavam indo para um povoado chamado Emaús, a onze quilômetros de Jerusalém. No caminho, conversavam a respeito de tudo o que havia acontecido. Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles; mas os olhos deles foram impedidos de reconhecê-lo. Lucas 24:12-16
Você sabia que esse lugar existe e pode ser visitado? Sim, o sítio arqueológico de Emaús fica há 7 quilômetros ao noroeste da cidade nova de Jerusalém, ou seja, há vinte minutos do Aeroporto Internacional Ben Gurion e próximo do Vale de Ayalom. É muito comum que grupos visitem o local antes no caminho de volta para casa.
Pessoalmente, eu tinha muita vontade de andar pelo local onde o Cristo ressurreto apareceu de forma milagrosa. Posso te adiantar que senti-me muito emocionado. Fiquei calado por muitos minutos imaginando Jesus falando com Cléopas e o outro discípulo a respeito dos fatos terríveis do fim de semana de Pessach.
Convido você a conhecer as ruínas das igrejas e batistério que me levaram a imaginar milhares de cristãos ao longo das eras vivendo e cultuando naquele lugar fantástico. Você não vai se arrepender.
É provável que o nome Emaús seja uma helenização da palavra hebraica Hammat, que significa fonte termal. Citada por Josephus e localizada no cruzamento da estrada entre Jaffa e Jerusalém, Emaús teve importância militar e administrativa estratégica, inclusive mencionada no livro dos Macabeus 3.40. Por conta disso, foi devastada pelos romanos.
Na ocasião do texto bíblico citado no início, é provável que Emaús fosse apenas um pequeno povoado. Já no século II d.C. é citada por escritores bizantinos como sendo povoada por samaritanos e romanos. Eusébio de Cesaréia, que documentou os primeiros anos da igreja, cita: Emaús, de onde era originário Cléofas mencionado no Evangelho de Lucas. Hoje é Nicópolis, uma cidade famosa da Palestina." (290 a 325 d.C.).
A cidade prosperou e tornou-se um grande bispado com um vasto complexo de templos cristãos que relembram o local da aparição de Cristo descrita pelo evangelista Lucas. No século VII d.C., foi tomada por muçulmanos e recomprada deles em 1878 pelo mosteiro das Carmelitas após uma visão na qual Jesus indicava ser aquele o local de sua aparição. Em 1967 o povoado foi mais uma vez destruído, durante a Guerra dos seis dias.
Como é comum na Terra Santa, outros três lugares reivindicam ser a Emaús da Bíblia, Ha-Motsa (6 km a oeste de Jerusalém), Abu Ghosh (12 km a oeste de Jerusalém) e Qubeibe (12 km a noroeste de Jerusalém).
ARQUEOLOGIA
No século XIX, começaram as escavações no sítio de Emaús. Foram descobertas ruínas da Emaús dos Asmoneus, sepulturas judaicas do século I, termas romanas do século III, instalações hidráulicas, pressas de azeite e túmulos do período bizantino, além de moedas, lamparinas, jóias e muitas inscrições em hebraico, samaritano, grego e Latin.
Aqui em cima está a foto de uma ruína que me impressionou muito. O batistério externo de Emaús em forma de cruz do século XII d.C. é lindo e muito similar à outro que fica exposto na entrada da Tabgha (foto da direita). Já imaginou quantos cristãos se batizaram ali? A Terra Santa é assim, muitas descobertas e emoções que se eternizam na memória e no coração dos peregrinos. Venha conhecer Israel com a Renova Turismo!