Assim como a Ascensão encerrou a carreira terrena de Jesus, a pequenina Capela da Ascensão no alto do Monte das Oliveiras encerra essa série de matérias do blog da Renova Turismo a respeito do Monte das Oliveiras.
A subida de Jesus no Monte das Oliveiras foi inicialmente comemorada no local hoje conhecido como Pater Noster que foi construído em 330 d.C. por Constantino.
Em 384 d.C., Egéria, a famosa peregrina, já menciona que o local dedicado à relembrar a Ascensão de Cristo havia sido transferido para o alto do mesmo monte, acima do Pater Noster.
O primeiro complexo construído no local da atual Capela da Ascensão era conhecido como Imbomon (do grego para "no monte"). Era uma rotunda, aberta ao céu, cercada por pórticos circulares e arcos ordenada pela rainha Helena.
Em 390 d.C. uma mulher romana e rica chamada Poimenia financiou a construção de uma igreja em estilo bizantina no local, em volta da Igreja da rainha Helena.
Em 680 d.C., o bispo frances Arculf descreveu a existência de um edifício redondo e aberto ao céu que possuia três pórticos e oito lâmpadas que podiam ser vistas de janelas voltadas para Jerusalém. Descreveu uma edícula interna que continha as pegadas completas de Cristo impressas no chão e protegidas por uma grade.
A igreja descrita por Arculf foi destruída e, no século XII, reconstruída pelos cruzados. Mas, os exércitos de Saladino a destruiram novamente deixando apenas uma parede octagonal de 12x12 metros, cercando uma edícula também octogonal de 3x3 metros que é a que vemos ainda hoje.
Em 20 de outubro de 1188, Saladino doou o Monte das Oliveiras a 2 xeiques, mas, num gesto de boa vontade, permitiu que os cristãos continuassem a adorar na pequena edícula.
Portanto, a estrutura principal da capela atual é da era dos cruzados. O tambor octogonal superior e a cúpula de pedras são adições muçulmanas. As paredes exteriores são decoradas com arcos e colunas de mármore. O local ainda tem uma mesquita e um minarete islâmicos.
No chão, dentro de uma moldura de pedra, está a laje de pedra chamada e venerada por muitos cristãos como a "Rocha da Ascensão", que alguns acreditam conter a pegada direita de Cristo. Curiosamente a parte da rocha que contem a pegada esquerda de Cristo foi cortada e levada para a Mesquita Al-Aqsa na Explanada do Templo.
Perto da capela ainda há uma antiga tumba que é reverenciada pelas três grandes religiões monoteístas, apesar de discordarem a respeito da identidade do morto. Os judeus acreditam que ela contém a profetisa Hulda do século VII aC., os cristãos acreditam que ela é a tumba de Pelagia de Antioquia, do século V d.C. e os muçulmanos afirmam que é um místico sufi do século VIII d.C. chamado Rabi'a al-Adawiya.
Para entrar, paga-se uma taxa simbólica ao palestino que guarda o local que fecha para almoço.