Subindo o Monte das Oliveiras até o alto pela rua que ladeia o grande Cemitério Judeu, você chegará a uma escadaria (ver foto abaixo). Aos pés dessa escadaria há um local histórico e de muita importância, mas que poucos peregrinos conhecem ou sequer ouviram falar.
Uma placa indica que dentro da propriedade privada, uma família, gentilmente e sem custo algum, abre seus portões pra que os peregrinos conheçam um complexo de túmulos subterrâneos escavados manualmente na rocha do monte há 2500 anos.
A tradição afirma ser esse o local de sepultamento dos profetas bíblicos Ageu, Malaquias e Zacarias.
O complexo mortuário é bem escuro. Conta apenas com a iluminação de uma única vela localizada no hall de entrada e da luz que entra pela porta. Apesar de pequeno, a forma em labirinto faz com que partes desse cemitério sejam acessíveis apenas sob a luz de uma lanterna.
Na sala vestibular, está fixado na parede um pequeno mapa da tumba. Explorando o seu interior podemos ver cinquenta nichos escavados nas paredes onde os corpos eram depositados e selados.
Diferente de muitos dos sites da Terra Santa, esse ancião complexo de tumbas parece não ter sofrido modificações. Também não possui construção religiosa. É bem provável que seja uma fotografia autêntica do tempo dos profetas bíblicos.
Dentro, no profundo da rocha, sem luz e sabendo tratar-se de uma tumba, confesso que a sensação é bem fúnebre. Mas isso não muda a importância e a satisfação de conhecer um lugar tão antigo e importante da Terra Santa. Sim, vale muito a pena!
É importante você saber que, por tratar-se de uma propriedade particular, a Tumba dos Profetas fecha na hora do almoço. Subimos o Monte das Oliveiras cerca de 12:20h e, apesar da propriedade estar aberta, o portão da tumba encontrava-se trancado.
Então, resolvemos visitar a Capela da Ascenção e almoçar num pequeno restaurante árabe com vista para a cidade velha. Retornamos as 13:40 e a tumba já podia ser visitada. Passamos 20 minutos ali dentro, tempo suficiente para conhecer e tomar muitas fotografias.
"Dr. Felipe considera que a terra de Israel foi agraciada pelo sobrenatural, pelo natural e pelo humano; é sem-segundo quando se trata de paisagens, história, religião e cultura; e oferece todos esses ingredientes àquele que a descreve, em um caldeirão que vem sido mexido e temperado há milênios por mãos humanas e divinas. Para ele, Israel é uma musa de inspiração que convida à sua contemplação e profusa tradução artística. Ele aceitou o convite."