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Monte das Oliveiras: CEMITÉRIO JUDAICO DO MONTE DAS OLIVEIRAS


Tomando boa parte do Monte das Oliveiras, o cemitério judaico, bet kevarot (lugar dos sepulcros), ostenta o fato de ser um dos mais antigos do mundo com cerca de 3000 anos e mais de 150 mil sepulturas. Tratando-se de Israel, um país que remonta há milhares de anos, é provável que muitos notáveis bíblicos estejam ali sepultados, assim como estão alguns da história recente como Eliezer Ben-Yehuda, pai do hebraico moderno, S.Y. Agnon, vencedor do Nobel da Literatura, e o primeiro-ministro Menachem Begin e sua esposa Aliza.

Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres forçadas; e metade da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será extirpado da cidade. E o Senhor sairá, e pelejará contra estas nações, como pele- jou, sim, no dia da batalha. E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade dele para o sul. Zacarias 14:2-4

O texto acima do Livro de Zacarias é o responsável pelo grande desejo dos judeus de serem sepultados nesse cemitério. Por estarem ali, depositados no palco dos acontecimentos finais, seriam os primeiros à ressuscitarem nos últimos dias. A tradição diz que o próprio Zacarias pediu para ser enterrado ali na expectativa de ser um dos primeiros a ver a chegada do rei Messias. A expectativa é tanta que as pessoas são enterradas com os pés voltados para a cidade velha, para levantarem de frente para os fatos e não perderem nenhum ato do Mashiach. Por tudo isso e pelo fato de quase não haver mais espaço nem é preciso dizer que uma jazigo bate a casa dos milhões de dólares. Abaixo fotos do possível túmulo do profeta Zacarias. Leia mais sobre a Tumba dos Profetas no Monte das Oliveiras.

A Necrópoles de Silwan, com tumbas escavadas na encosta da rocha, é a parte mais antiga do cemitério. Infelizmente muitas tumbas foram invadidas por monges bizantinos e usadas como casa e local de oração. Mais recentemente, árabes muçulmanos também ocuparam muitas tumbas transformando-as em cisternas de água, despejo de esgoto ou mesmo como moradia.

No sepultamento judaico o corpo é colocado sobre a terra, sem a urna funerária. Os monumentos e lápides não contém o corpo, apenas marcam o local do solo onde o mesmo está enterrado e também possuem um local para colocação de velas. Portanto, na Guerra dos Seis Dias (5 a 10 de junho de 1967), quando palestinos e jordanianos vandalizaram os monumentos de pedra do cemitério, não violaram corpo algum.

A pedra ou lápide sobre a defunto chama-se Matsevá. Sobre esta pedra escreve-se o nome do falecido, a data de seu falecimento e as letras iniciais de uma frase em hebraico que significa "seja sua alma envolvida no pacote da vida". O nome é acompanhado do nome do pai, mãe ou ambos na dependência do falecido ser ashkenazim, Chabad ou sefaradim.

Também é impossível não notar as pedras sobre os jazigos. Tradicionalmente os judeus colocam pequenas pedras sobre as lápides quando visitam seus mortos. A intenção é lembrar a memória do falecido, indicando que um amigo ou parente passou por ali e que a tumba está sendo cuidada. e a memória preservada. Costuma-se dizer que flores logo murcham, mas pedras são eternas.

Pode ser que essa tradição remonte ao tempo que os mortos eram sepultados em cavernas ou no chão e uma pedra arredondada de rio era colocada sobre o local para indicar a presença de uma corpo. Ou ainda pode originar de tempos mais longínquos onde se fazia uma pilha de pedras sobre o local do enterro e, ao longo dos anos, as pessoas que passavam colocavam pedras para que o local permanecesse demarcado.

"Dr. Felipe considera que a terra de Israel foi agraciada pelo sobrenatural, pelo natural e pelo humano; é sem-segundo quando se trata de paisagens, história, religião e cultura; e oferece todos esses ingredientes àquele que a descreve, em um caldeirão que vem sido mexido e temperado há milênios por mãos humanas e divinas. Para ele, Israel é uma musa de inspiração que convida à sua contemplação e profusa tradução artística. Ele aceitou o convite."

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