Incrustado aos pés do Monte das Oliveiras está mundialmente conhecido Getsêmani. O jardim ou horto cheio de Oliveiras ligada à Igreja da Agonia possui árvores centenares e milenares, aliás, as oito oliveiras mais antigas do mundo estão plantadas naquele solo. Aos peregrinos, é permitido apenas o passeio ao redor das oliveiras.
A outra parte do jardim, que fica do outro lado da rua, oferece uma visitação mais intimista, inclusive dando a liberdade de tocar e orar próximo às oliveiras, talvez como Jesus e os discípulos fizeram na fatídica noite. Os peregrinos costumam também deixar suas orações escritas em papel nas fendas e nós das oliveiras.
O nome Getsêmani relaciona-se com o termo hebraico: גת שמנים ( transl. Gat Shmanim) e com o aramaico גת שמנא (transl. Gat Shmānê), que significa, literalmente, "prensa de azeite". E acreditasse que esse é o jardim onde Jesus Cristo passou suas últimas horas, com os discípulos, antes de ser preso e crucificado.
Ambos os jardins, ficam no sopé no Monte das Oliverias em frente ao mudo oriental da Cidade Velha de Jerusalém e são citados desde o início do século IV por Eusébio de Cesaréia, São Cirilo e um peregrino anônimo de Bordeaux. A famosa peregrina Egéria, que descreveu vários lugares santos em Israel no final do século IV, também situa o jardim e menciona uma igreja no local que foi derrubada e reconstruída mais 2 vezes, contando com a moderna Igreja da Agonia de Antonio Barluzzi. Aliás, Barluzzi colocou seus alicerces sobre as bases da igreja bizantina descrita por Egéria, dois metros mais fundo que a igreja medieval. Durante os demais séculos muitas outras descrições de peregrinos confirmam o local da agonia de Jesus em Getsêmani.
"Dr. Felipe considera que a terra de Israel foi agraciada pelo sobrenatural, pelo natural e pelo humano; é sem-segundo quando se trata de paisagens, história, religião e cultura; e oferece todos esses ingredientes àquele que a descreve, em um caldeirão que vem sido mexido e temperado há milênios por mãos humanas e divinas. Para ele, Israel é uma musa de inspiração que convida à sua contemplação e profusa tradução artística. Ele aceitou o convite."